Vamos falar de música



Desculpem-me a franqueza, mas se existe assunto que não meço palavras na hora de discutir é música. Posso soar ranzinza, implicante e às vezes até esnobe quando critico determinados estilos musicais que a mídia tenta nos enfiar goela adentro ou quando falo mal do público que consome tal "arte". A implicância não é gratuita.

Longe de mim querer parecer superior ou desrespeitar a preferência musical de alguém até porque, como diz o velho (e chulo) ditado, "Gosto é que nem c..." Não, não é por aí. O que eu acho que falta nas pessoas hoje em dia é certo critério e até mesmo coerência auditiva. O fato é que nunca processei bem o ecletismo de pessoas que se dizem “antenadas” no que rola no cenário musical.

Nunca compreendi (e prefiro continuar assim) o que se passa na cabeça de alguém que se intitula "chicólatra", mas que já baixou o mais novo álbum da revelação da última semana do techno-brega ou de "artistas" de estilos semelhantes pra tocar nos sons possantes de seus carros. Também nunca vou entender aquele carinha que se considera roqueiro mas que vai a todas as micaretas da vida ou festas afins pra "azarar as boyzinhas" (tão cafuçu quanto o mala de baixa escolaridade que curte axé, pagode e afins).

Afinal de contas, que bagunça é essa? Como pode alguém apreciar composições de Chico Buarque que até exigem certo nível intelectual não ter aversão a letras imbecis e de vocabulário chulo e dúbio de bandas de brega e forró? É pura contradição. Malditos posers pseudo-cults!

É por essas e outras razões que sempre olhei e olharei atravessadamente para pessoas que se dizem ecléticas e acabo tendo certa resistência (leia-se intolerância) a escutar som de celebridades instantâneas, campeão de vídeos mais assistidos no Youtube. Se há euforia demais envolvendo tais “artistas”, fico logo com os dois pés atrás. Desconfio logo quando vejo gato, cachorro, periquito e papagaio tornarem-se fãs número 1 tão rápido quanto as carreiras meteóricas dos seus ídolos. Boa coisa não deve ser. Preconceitos à parte, hoje em dia é mais fácil e prático reconhecer uma boa banda pelo público que a consome. Assim poupa sua paciência e seu ouvido de muita porcaria que rola por aí.


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