E que venha 2012



E como qualquer outro ano 2011 foi um ano cheio de surpresas, decepções, conquistas (pessoais e profissionais) e de superações também, uma verdadeira montanha russa de emoções e experiências. Afinal, se num único dia existem pontos altos e baixos, por que não ao longo de 365 dias?
Nesse ano que está chegando ao fim fui meio que lançada ao terreno do desconhecido em vários aspectos. Pude notar que tudo é muito divertido quando se é apenas hipocondríaca, até que você percebe que sua saúde não é tão dura na queda assim e se vê hipertensa aos 32 anos de idade (hereditariedade sucks). A vantagem de tudo isso é ter descoberto em tempo de começar a me cuidar. Hoje em dia faço parte do clube dos dependentes de Atenolol, pelo menos até minha missa de 7º dia.
Não posso deixar de citar também algumas vitórias pessoais. Voltar a dirigir estava no topo da minha listinha particular de dificuldades. Pra muitos é até uma bobagem, mas comigo sempre foi um problema de ordem maior (leia-se pânico). Onde eu consegui forças pra superar tal medo é que é um mistério, talvez tenha vindo do conforto e apoio que as pessoas que amo me passaram. Enganei-me quando achei que só com acompanhamento psicológico eu conseguiria superar tal bloqueio. Em pouco tempo, obviamente que a pessoa ainda não é um ás no volante, mas devagar e sempre, a passos de tartaruga (e muitas buzinadas no pé do ouvido), a sensação de liberdade e independência supera qualquer obstáculo. Em questão de meses, o que era bloqueio tornou-se vício.
Profissionalmente também posso dizer que 2011 foi um bom ano. Passei a ousar e arriscar mais e obtive êxito nas minhas tentativas. No meu caso teve um gostinho todo especial, até porque há uns 10 anos ninguém diria que eu iria tomar gosto por uma profissão que um dia me foi imposta por "livre e espontânea pressão".
Só que não se pode ter de tudo nessa vida. Sucesso profissional, superações, realizar sonhos, sorte no amor, nem que eu tivesse nascido de bumbum pra lua. No quesito quebrar a cara com as pessoas, a exemplo do ano anterior, o cenário não esteve muito diferente nesses últimos 12 meses. Uma desilusão aqui; outra acolá, mas no fim das contas sempre tirando alguma lição de tudo. É como diz o ditado: "Decepção não mata; ensina a viver", afinal, desapontamentos sempre contribuem de alguma forma pra que você cresça como pessoa e aprenda a valorizar-se mais. Não adianta ser de interesse só de um querer tentar solucionar problemas que envolvem um grupo, é perda de tempo e até mesmo desgastante insistir em esclarecer assuntos que pra outros não convêm serem resolvidos. A lição maior foi começar a pensar da seguinte forma: "seja por quem é por você" e não importa o tamanho do baque que você levou porque a vida continua.
Como resolução de fim de ano? Colher tudo que foi plantado em 2011 e continuar sem medo de arriscar, porque se eu quiser, o mundo pode ser meu em 2012 (pelo menos se ele não acabar daqui pra lá).

Vamos falar de música



Desculpem-me a franqueza, mas se existe assunto que não meço palavras na hora de discutir é música. Posso soar ranzinza, implicante e às vezes até esnobe quando critico determinados estilos musicais que a mídia tenta nos enfiar goela adentro ou quando falo mal do público que consome tal "arte". A implicância não é gratuita.

Longe de mim querer parecer superior ou desrespeitar a preferência musical de alguém até porque, como diz o velho (e chulo) ditado, "Gosto é que nem c..." Não, não é por aí. O que eu acho que falta nas pessoas hoje em dia é certo critério e até mesmo coerência auditiva. O fato é que nunca processei bem o ecletismo de pessoas que se dizem “antenadas” no que rola no cenário musical.

Nunca compreendi (e prefiro continuar assim) o que se passa na cabeça de alguém que se intitula "chicólatra", mas que já baixou o mais novo álbum da revelação da última semana do techno-brega ou de "artistas" de estilos semelhantes pra tocar nos sons possantes de seus carros. Também nunca vou entender aquele carinha que se considera roqueiro mas que vai a todas as micaretas da vida ou festas afins pra "azarar as boyzinhas" (tão cafuçu quanto o mala de baixa escolaridade que curte axé, pagode e afins).

Afinal de contas, que bagunça é essa? Como pode alguém apreciar composições de Chico Buarque que até exigem certo nível intelectual não ter aversão a letras imbecis e de vocabulário chulo e dúbio de bandas de brega e forró? É pura contradição. Malditos posers pseudo-cults!

É por essas e outras razões que sempre olhei e olharei atravessadamente para pessoas que se dizem ecléticas e acabo tendo certa resistência (leia-se intolerância) a escutar som de celebridades instantâneas, campeão de vídeos mais assistidos no Youtube. Se há euforia demais envolvendo tais “artistas”, fico logo com os dois pés atrás. Desconfio logo quando vejo gato, cachorro, periquito e papagaio tornarem-se fãs número 1 tão rápido quanto as carreiras meteóricas dos seus ídolos. Boa coisa não deve ser. Preconceitos à parte, hoje em dia é mais fácil e prático reconhecer uma boa banda pelo público que a consome. Assim poupa sua paciência e seu ouvido de muita porcaria que rola por aí.


Colaboradores

Seguidores

Blogger templates

Blogger news